Uma publicação rebatendo o medo que cerca o “supply infinito” do Monero.
Hoje é o aniversário de 1 ano da ativação do Tail emission, que é o modo de distribuição de novos moneroj na economia.
Nesta data, há um ano atrás, foi marcado o dia em que o monero atingiu sua forma final na questão de emissão de novas moedas, a partir de 9 de junho de 2022, apenas 0.6 xmr serão emitidos por bloco, com uma taxa inflação constantemente em queda, neste artigo iremos discutir o funcionamento do Tail Emission e o porquê ele é bom para o Monero.
Bom, vamos começar do começo: a emissão do monero é diferente da do bitcoin.
O monero não apresenta nem halvings e nem um supply limitado como o caso do bitcoin, no entanto, isso tem um propósito e é uma coisa boa.
Breve introdução
A emissão do monero se dá através de um esquema chamado “tail emission”, emissão em calda em português, neste método, a emissão de moedas se inicou com um valor de ~17 XMR por bloco lá em 2014 e a cada recompensa paga aos mineradores pelo esforço de proteger a rede, este valor foi gradativamente diminuindo até que o circulante total chegasse a 18.4 milhões de moedas; partir deste ponto, a “emissão em calda” chega em seu estágio final, todos os blocos a partir do 2.641.623 sempre liberam na economia 0.6 XMR, essa recompensa é um número constante até o fim dos tempos, de tal forma que o Monero não tenha um supply fixo de moedas igual o BTC, ele é chamada de tail emission pois em seu gráfico de emissão, podemos perceber a formação de uma forma semelhante a uma cauda que se extende para sempre
Mas porque o tail emission?
O tail emission existe para que os mineradores não tenham que depender de taxas altas para manter a rede segura, já que o monero preserva baixas taxas em suas transações na camada base; com um fornecimento constante, os mineradores tem garantia de que sempre existirá uma recompensa por seu trabalho.
A visão Bitcoiner do supply.
Na visão do dinheiro do maximalismo bitcoiner, existe a nescessidade de um fornecimento fixo de moedas para que a escassez seja garantida na criação de uma espécie de ouro digital, entretanto na visão Monerista, a escassez em um número fixo não faz sentido, vou explicar mais sobre isso logo em breve.
Mito do supply infinito
O fornecimento do monero é dito como infinito como uma forma de submeter a moeda ao pensamento de escassez bitcoiner, entretanto, apesar de não existir um supply fixo limitado, falar que a emissão é infinita vem a ser um exagero, tendo em vista que a emissão é mantida a 0.6 xmr por bloco para sempre e os blocos são emitidos a cada 2 minutos, também é nescessário notar que o tempo é um recurso escasso, para que exista inifinito XMR é nescessário avançar infinitamente no futuro, o que é impossível para mortais como humanos.-
A visão Monerista do porque o Monero é escasso
Como o monero é uma criptomoeda fundada sobre a prova-de-trabalho, para criar novas moedas, se faz nescessário a aplicação de energia elétrica para gerar hashes pelo algoritmo RandomX, isso significa que novas moedas só podem ser criadas a partir de um recurso real e finito (eletricidade), diferentemente do dinheiro fiduciário que pode ser emitido a bel prazer dos Bancos Centrais sem esforço, não faz sentido a nescessidade de um supply fixo em um sistema que aloca energia para a criação de Reserva de Valor, o supply cap do Bitcoin é desnescessário pois este já é escasso com a aplicação da prova-de-trabalho.-Inflação do Monero conforme o fornecimento de moedas aumenta e a emissão continua a mesma por bloco, 0.6 XMR, a inflação vai apenas decrescendo com o tempo, atualmente a inflação do Monero está em 0.86% ao ano.
Em suma:
-A “emissão infinita” é finita pois não há como avançar infinitamente no tempo;
-O tail emission existe para que as taxas continuem baixas em primeira camada mantendo a segurança da rede;
-Novos Moneroj só podem ser criados a partir da alocação de energia;
-A inflação diminui conforme o tempo;
Espero que tenham gostado e que suas dúvidas tenham sido sanadas.