Por que o Monero poderá vir a ter uma adoção muito maior que o Bitcoin no futuro?

Artigo traduzido a partir do original em monero.how

A falha mais crítica no Bitcoin é a falta de privacidade. Ao fornecer o seu endereço de carteira de Bitcoin para alguém, você imediatamente compromete a sua privacidade, pois, após um pouco de análise, o destinatário poderá ver em um registro público o saldo da sua carteira (até existem soluções incômodas para tentar resolver esse problema, sobre as quais nós falaremos em breve). A mesma situação ocorre quando você envia bitcoins. De agora em diante, e para toda a eternidade, a pessoa que recebeu os seus bitcoins poderá ver quanto dinheiro você tem em sua carteira. Para entender o quão crítico este problema de privacidade é, considere os seguintes cenários:

Ladrões sabendo o quanto de dinheiro você tem

Você está viajando em um país com uma alta taxa de criminalidade e precisa usar alguns dos seus bitcoins para pagar por algo. Se as pessoas com quem você faz transações sabem o quanto de dinheiro você tem, isso pode ser uma ameaça à sua segurança física.

Empresas concorrentes sabendo informações privilegiadas da sua empresa

Você é uma empresa que recebe um pagamento de um fornecedor. Esse fornecedor poderá ver a quantidade de dinheiro que sua empresa possui, e, portanto, poderá ajustar o preço nas futuras negociações, com alguma margem de segurança. Ele pode ver todos os outros pagamentos que você já recebeu nesse endereço Bitcoin e, portanto, determinar quais os outros fornecedores com quem você está fazendo negócios e o quanto você está pagando para eles. Ele pode determinar aproximadamente quantos clientes você tem e o quanto você cobra deles. Esta é uma informação comercialmente sensível, deixando-o em desvantagem em futuras negociações.

Empresas usando seu histórico de compras para determinar preços ou fazer propagandas direcionadas

Você compra produtos e contrata serviços on-line. Muitas empresas usam algoritmos de “discriminação de preços” para tentar determinar os preços mais altos que você poderia pagar. Você preferiria que elas não tivessem a vantagem de saber quanto e onde você gasta.

Você recebendo uma criptomoeda que foi usada por criminosos

Você vende cupcakes e aceita Bitcoin como forma de pagamento. Acontece que você recebeu bitcoins de alguém que estava envolvido em atividades criminosas e agora você está preocupado que possa vir a se tornar um suspeito em uma investigação criminal, pois a movimentação de bitcoins da carteira do bandido para o seu endereço está estampada em um registro público e transparente. Isso também gera mais uma preocupação: agora você tem dinheiro “sujo”. Certos bitcoins contabilizados no saldo da sua carteira poderão ser considerados “sujos” e outras pessoas poderão se recusar a aceitá-los como pagamento.

O Monero resolve esses problemas de privacidade aplicando, a cada transação, e de maneira automática, avançadas técnicas de privacidade. É impossível ter um Monero “sujo”. Este é um conceito de economia conhecido como “fungibilidade” e historicamente considerado uma característica importante para qualquer moeda.

A comunidade Bitcoin tentou resolver esses problemas através da criação de serviços de “mixagem”. Suas soluções foram descritas como “um band-aid sobre uma ferida aberta”. Uma explicação mais detalhada pode ser encontrada aqui.

Todos os usuários que fazem transações com Monero utilizam a funcionalidade de privacidade de maneira automática e obrigatória. Isso é uma enorme vantagem em relação a outras criptomoedas cujos recursos de privacidade são apenas opcionais. Você nunca precisa solicitar e verificar se outras pessoas ativaram um mecanismo de privacidade ao enviar fundos, pois a privacidade é aplicada automaticamente a todas as transações. Além disso, a privacidade padrão do protocolo da Monero significa que, mesmo que a maioria dos usuários não se importem com a privacidade, eles ainda assim estarão contribuindo, sem perceber, para o fortalecimento da privacidade dos outros usuários.